“Não digam que isso passa,
não digam que a vida continua,
e que o tempo ajuda,
que afinal tenho amigos
e um trabalho a fazer.
Não me consolem dizendo que ele morreu cedo
Mas que ninguém morre antes do tempo*.
Não me digam que tenho livros a escrever
e viagens a realizar.
Não digam nada.
Vejo bem que o sol continua nascendo
nesta cidade de Belo Horizonte*
onde vim lamber minha ferida escancarada.
Mas não me consolem:
Lya Luft
*Adaptado
Santinho do Carlos Nem era santo Às vezes um anjo Às vezes um demônio Foi sempre um puta ser humano |
Te amo, Carlos!