sábado, 15 de março de 2014

Brasil, o país da bunda e do futebol, sem colhões, peito e coração

Quando morei na Colômbia, a primeira pergunta que todo colombiano me fazia era se eu conhecia o Pelé e se via mulher pelada na rua.

A solução óbvia que tanto aspiramos para nossa nação não virá de um líder ou partido. Se assim o fosse, já o teria acontecido.
Creio, alimento esta esperança, e dela não abro mão, que o processo de transformação social que se faz necessária e que já vem acontecendo se tornará palpável a partir do momento em que CADA indivíduo se apropriar da importância de sua posição estratégica como agente de transformação, seja como cidadão, pai, mãe, filho e trabalhador qualquer que seja seu trabalho, na medida em que mantivermos abertura uns aos outros como servos uns dos outros. Consequentemente, o Estado será desobrigado de usar instrumentos de opressão do povo brasileiro e quem está no topo há de descer. 
Acaso, um dia não haveremos todos nós de passar pelo vale sombrio da morte?

Se todo o corpo fosse bunda, onde estaria o coração?
Eis aí a Greve dos Garis, a que chamo de Revolução dos Lixeiros, como amostra da importância de todo cidadão no processo de formação e construção de uma nação. Ninguém é invisível. E o povo ainda é o grande patrimônio do Brasil.

Se nossa presidenta tivesse peito, na primeira oportunidade teria, não recusado a Copa do Mundo, mas assumido uma postura responsável da mãe que amamenta seus filhos, afirmando que o país tem prioridades. O futebol é um espetáculo lindo e poderia ser um instrumento de pacificação social, entretenimento saudável e não esse mascaramento e fuga dos reais problemas que enfrentamos. Onde está verba para a construção de hospitais, escolas e um transporte decente e humano.
Que Deus me livre de uma mãe assim.

Júlio Diniz